Artigo:
Artigo por Mário Conceição, Presidente da FENASDETRAN
Nos últimos tempos, tem sido recorrente vermos notícias sobre motoristas sem habilitação dirigindo e se envolvendo em acidentes que resultam em lesões e até mortes no trânsito. Diante disso, é imprescindível que repensemos as estratégias de fiscalização, buscando uma abordagem mais humanizada que vá além da simples aplicação de multas.
Embora a fiscalização eletrônica tenha seu valor, acreditamos que ela sozinha não é suficiente para prevenir os acidentes, principalmente aqueles que resultam em fatalidades. A atuação exclusiva das tecnologias, sem um contato mais direto e educacional com o condutor, tem se mostrado ineficaz em muitos casos. Multas e penalidades podem até punir, mas não educam nem garantem que os motoristas adotem comportamentos mais seguros no futuro.
Acreditamos que a fiscalização humanizada – que envolve a aproximação, o diálogo e a educação do condutor – é um passo fundamental para a diminuição dos acidentes de trânsito. Quando há a presença de profissionais capacitados para orientar e esclarecer os motoristas sobre os riscos de suas ações, cria-se um ambiente de conscientização que é mais eficiente a longo prazo.
Portanto, defendemos que é necessário um equilíbrio entre a fiscalização eletrônica e uma abordagem mais próxima e educativa. Somente assim conseguiremos, de fato, reduzir o número de acidentes, especialmente aqueles que resultam em perdas irreparáveis, como as mortes no trânsito.