Fenasdetran faz alerta sobre o grande número de motociclista sem habilitação no Brasil.
Metade das pessoas donas de motos não tem habilitação.
Através de um estudo feito pela Senatran, a FENASDETRAN comparou o registro de CNHs para motos com o de proprietários e descobriu que 50,4% dos donos de motocicletas não têm habilitação: 16,5 milhões.
Segundo Mário Conceição, presidente da Fenasdetran, entidade ligada a (ONU) a falta da habilitação se transforma em uma armadilha muito perigosa, pois em caso de sinistro, nem o condutor e nem o passageiro terão direito a seguro.
Para Mario, o levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito, trouxe dados alarmantes que fez a federação colocar em um capítulo especial do próximo Congresso Brasileiro e Internacional de Trânsito onde temas como este trás informações de que metade das pessoas donas de motos não tem habilitação. E são os motociclistas as maiores vítimas da violência no trânsito.
A Fenasdetran está aprofundando estes dados, e quanto mais trabalha neste estudo, mostra mais deficiência no assunto.
registro de CNHs para motos com o de proprietários e descobriu que 50,4% dos donos de motocicletas não têm habilitação, e que chega a uma população de mais 16,5 milhões de pessoas.
Junto a este número, Conceição alerta para um grande número de condutores que trafegam pelo país inteiro transportando pessoas, este é um grave alerta para as autoridades.
Segundo a Senatran, o custo elevado para tirar a CNH — de R$ 2.500 em média, entre aulas e taxas — pode explicar a falta da habilitação.
Nas ruas de pais, os motociclistas concordam.
"Tem que batalhar muito, mas nem todo mundo consegue", diz Jeferson Gonçalves, motoboy.
O levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito revela uma parte do problema. A outra aparece com clareza numa estatística do Ministério da Saúde: no ano passado, o trânsito matou mais de 32 mil pessoas no Brasil; 13 mil estavam em motos — mais do que o dobro das vítimas em automóveis, que vêm em segundo lugar.
O presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, não acredita que os altos custos expliquem, sozinhos, a baixa taxa de habilitação entre os motociclistas.
Ele diz que, das 27 unidades da federação, 17 oferecem a CNH Social — um programa que paga os custos para tirar a habilitação para inscritos no CadÚnico. E aponta outro problema como o maior incentivo para o desrespeito às leis de trânsito.
"O mais relevante é a falta de fiscalização. Ela é a base para que as pessoas tenham consciência da necessidade de se regularizar. E, nesse processo de regularização, têm acesso a informações importantes que vão ajudar essa pessoa a ter uma melhoria na sua visão de segurança viária", afirma Paulo Guimarães, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.
Bruno passou por esse processo. Ele se arriscou numa moto por seis anos, até tirar a CNH.
"Eu achava que pilotar moto era simples, mas depois que você começa a entender as leis — onde você pode ultrapassar, onde não pode, faixa contínua, faixa seccionada, e assim vai — aí eu melhorei, pilotando e tendo mais calma no trânsito", diz Bruno Jesus, motoboy.
O governo federal está preparando o programa da habilitação voluntária, na Bahia o governo do estado já implantou o programa de CNH nas escolas, e teve uma participação muito grande com mais de 320 mil inscritos em menos de 6 horas, existe uma necessidade muito grande da população em adquirir esta licença, afirma Conceição.
O Ministério dos Transportes disse que faz ações de segurança para motociclistas e que pretende reduzir pela metade as mortes e lesões no trânsito até 2030.
Departamento de Comunicação e Marketing da FENASDETRAN